Venda de motos fechará 2023 com crescimento de quase dois dígitos

Consórcio, serviços de entrega e substituição do carro fazem projeções do segmento apontarem aumento de 9%

Os serviços de entrega de comida, encomendas e a substituição do automóvel são dois dos motivos que levarão as vendas de motos a um patamar próximo a 1,5 milhão de unidades em 2023. A previsão é da Fenabrave, que reúne as associações de concessionárias.

A entidade divulgou na quinta-feira, 5, suas novas projeções de mercado. As motocicletas deverão fechar o novo ano com 1,48 milhão de unidades e alta de 9% na comparação com 2022.

“As vendas por consórcio vão movimentar o setor. Além disso, o delivery e as compras pela internet continuarão ocorrendo em 2023, além da troca do carro pela moto por parte dos consumidores”, afirma José Maurício Andreta Júnior, presidente da Fenabrave. “Espero poder revisar para cima essa projeção”, diz o executivo.

O ano mais recente em que o mercado interno superou a marca de 1,5 milhão de unidades foi 2013, quando o segmento de motos caía pelo segundo ano consecutivo, após o recorde de 1,94 milhão de unidades alcançado em 2011.

Crescimento na venda de motos em 2022

De janeiro a dezembro o Brasil licenciou mais de 1,36 milhão de motos, total 17,7% mais alto que o anotado no ano anterior. O principal motivo foi a produção mais regular em Manaus durante 2022. Dezembro foi o segundo melhor mês do ano em vendas (atrás apenas de maio), com 132,1 mil unidades emplacadas e média diária superior a 6 mil motos.

Somente a Honda licenciou 1,03 milhão de motos em 2022, 17% a mais que em 2021. Da Yamaha, vice-líder, foram emplacadas 222,5 mil unidades, com crescimento de 10,3% sobre o ano anterior. Juntas, as duas marcas detêm 92,1% do mercado local de motocicletas novas.

A terceira colocada em 2022 foi novamente a Shineray, com 22 mil unidades emplacadas. A BMW aparece na quarta colocação, com 12,7 mil motos. A Royal Enfield encerrou 2022 com a quinta colocação, 10,1 mil motos vendidas.