Produção de motos em Manaus cresce quase 20% no ano
Somente entre julho e outubro foram montadas 422,8 mil motos, maior total para este período em dez anos
Créditos Imagem: AutomotiveBusiness
No acumulado, o Brasil já produziu 19,3% motos a mais este ano que no mesmo período de 2021
A produção de motos em outubro no Brasil alcançou 137,3 mil unidades, uma ligeira queda de 1,6% em relação a setembro, que teve um dia útil a mais. No acumulado do ano, o país já produziu 1,2 milhão de unidades, indicando alta de 19,3% sobre o mesmo período do ano passado. Os números foram divulgados na quinta-feira, 10, pela Abraciclo, que reúne os fabricantes instalados na Zona Franca de Manaus (AM).
Vale dizer que agosto, setembro e outubro foram, nesta mesma ordem, os três melhores meses de 2022 para a produção de motos. Somados, resultaram em 422,8 mil unidades montadas. Um passeio pelos arquivos da Abraciclo mostra que este foi o maior volume produzido nestes mesmos três meses desde 2012. E a produção acumulada até outubro de 2022 (1,2 milhão de motos) permanece como a melhor para o período desde 2014.
“A moto caiu no gosto do brasileiro, que hoje a utiliza como veículo principal ou alternativo nos deslocamentos”, afirma o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian. “Os preços dos combustíveis podem levar mais pessoas a optar pelo guidão, pois os modelos de baixa cilindrada são extremamente econômicos, chegando até 50 km/litro”, recorda.
Exportação de motos cai em outubro
As associadas da Abraciclo enviaram 4 mil motos para o mercado externo em outubro. O volume é 30,1% inferior que o de setembro. No acumulado, o Brasil vendeu ao mercado externo 47,7 mil unidades, anotando discreta alta de 1,6% sobe iguais meses do ano passado.
A Colômbia se consolida como maior mercado comprador das motos brasileiras, com 13,5 mil unidades e 28,1% de participação. Em segundo lugar vem a Argentina, com 11,7 mil motocicletas e fatia de 24,3%. Os Estados Unidos aparecem na sequência, com 10,2 mil unidades e 21,2% dos embarques. Até o fim do ano, o Brasil deve exportar 59 mil motos, volume muito baixo se comparado ao recorde de 184,5 mil embarques registrado em 2005.
Os números atuais decorrem da forte dependência do mercado argentino, que passa por um período difícil. Outro problema é a baixa competitividade das motos brasileiras ante as concorrentes chinesas vendidas em países vizinhos.
Mais de 1 milhão de motos foram emplacadas no ano
A venda de motos em outubro somou 120,2 mil unidades. A média diária foi a segunda melhor do ano, 6 mil motos. Ficou atrás apenas da média de maio, que atingiu 6,1 mil unidades. O acumulado dos dez meses já teve 1,1 milhão de unidades emplacadas, indicando alta de 17,9% sobre iguais meses do ano passado.
O segmento deve encerrar o ano com 1,35 milhão de motocicletas e alta de 17% sobre 2021, de acordo com estimativa atualizada pela própria Abraciclo e também pela Fenabrave, entidade que reúne as associações de concessionários.